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18/03/22

A Erva Que Não Era do Capeta - Um Breve Relato de Experiência Psiconauta

  

[Paulo Francis fumando um… cigarro…]

Certa vez, acho que no Manhathan Connection, perguntaram ao Paulo Francis quais drogas ele já havia usado, ao que ele respondeu:

"Todas. A melhor é speed ball. E maconha não faz mal algum".


Pois bem. Diferente do Francis, eu usei poucas drogas.

E só as usei quando já havia saído de casa, tinha já meu emprego, minha independência e, finalmente, era "o dono do meu nariz": livre para cometer a burrada que me desse na telha.

Mas devo confessar que, de início, drogas não me atraiam. Como fui criado numa cultura puritana, não via o entorpecimento com bons olhos. Lembro de, já adulto, um amigo ter me oferecido maconha várias vezes e eu sempre ter recusado, cheio de orgulho do que considerava minha pureza de caráter. E eu teria permanecido em tal postura não fosse um motivo de ordem puramente intelectual:


Um amigo me apresentou as teorias de Terence Mckenna sobre a influência dos psicotrópicos e enteógenos no desenvolimento da cultura humana e na origem das experiências religiosas. Em 'O Alimento dos Deuses', Mckenna, que era um etnobotânico e pensador bastante heterodoxo, especula sobre a tese de que o uso gradativo e irregular de determinados tipos de cogumelos alucinógenos podem ter levado o ser humano a desenvolver a linguagem e um nivel maior de autoconsciência, provocando nosso salto evolutivo.