Por isso eu penso, e defendo, que o nosso país não pode ser reduzido à fórmula sociológica simplista de que: "O Brasil é um país racista". Isso é meia verdade, pois há também, entre nós, o congraçamento racial, a índole personalista, a paixão pelo carisma, a compaixão cristã, católica, a meritocracia protestante. Elementos que, muitas vezes, fazem relativizar ou superar os preconceitos de raça.
Qualquer um que não tenha a sensibilidade ou experiência de vida para notar na nossa história social um emaranhado de linhas de força contraditórias, em que preconceito e inclusão se entrechocam a todo o tempo (até no Movimento Eugenista, no Monarquista e no Integralismo havia negros incluídos..), não conseguirá entender o que é o nosso país e por que ele é único. Em resumo: o Diabo é brasileiro; mas Deus também é.